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OPINIÃO: Ser impopular não é o melhor caminho, FPF!

Atualizado: 31 de ago. de 2023


Foto: Beatriz Reis.

Na última segunda-feira (14), a Federação Paraense de Futebol (FPF) lançou para a imprensa, influenciadores digitais e ao público geral o novo formato da segunda divisão do Campeonato Paraense de Futebol, agora denominada de “Parazão B1”, para a temporada 2023, que iniciou nesta quarta-feira (16).


Durante o lançamento, uma imagem, divulgada por um influenciador esportivo presente no evento, chamou a atenção, no qual aparece a logomarca da competição (inclusive é a primeira vez que a mesma possui uma marca própria) com a frase abaixo que dizia: “Não me chame mais de Segundinha”, com um risco no apelido que consagrou o campeonato por anos. Muitos internautas estranharam e reprovaram a atitude da federação e ainda reforçaram que continuarão chamando a competição pelo apelido tradicional.


Ok, como comunicador que conhece os mecanismos da publicidade, a gente entende o propósito de despopularizar o termo “Segundinha”, já que a federação quer passar o “Parazão B1" como um campeonato com a igual importância da primeira divisão. Porém, chegar com o pé na porta e renegar o termo que a competição carregou e é chamada com muito carinho por anos, penderá mais para a arrogância do que renovação de marca. Se para a FPF, “Segundinha” significa apequenar a competição de acesso, tirar um apelido dado pelos torcedores e adotado pela imprensa paraense não o fará grande imediatamente.


Para o “Parazão B1” abandonar o termo diminutivo de vez, tem que abandonar o que faz a competição ser diminuta, como: Estrutura em estádios e gramado precárias, má organização dos times, assistência médica indisponível, transmissão midiática quase inexistente, etc, etc. Não adianta nada não chamar a competição de “Segundinha” se ainda agem como se fosse “Segundinha”.


Inclusive, durante um dos jogos do primeiro dia da competição, entre ESMAC X Izabelense, um lance viralizou nas redes sociais. Durante um pênalti do time da ESMAC, o jogador cobrou o pênalti, a bola entrou só que ATRAVESSOU A REDE DA TRAVE do CEJU, arena que fica no complexo do Estádio do Mangueirão em Belém. E o lance foi validado, em meio a reclamação do time de Santa Izabel. Quer mais exemplo que isso aí?


Eu, particularmente falando, eu não acho o termo ofensivo, pois é um campeonato profissional, porém com suas particularidades e cultura. Não sou sociólogo para achar precariedade “linda”, pelo contrário, o campeonato precisa sim de melhorias, de organização, coisa que pelo menos, a FPF em sua atual administração está até se preocupando. Porém, o apelido do campeonato é o menor dos problemas ou problema nenhum. Já imaginou a CBF chegar na imprensa nacional e dizer: “Vamos renovar o Campeonato Brasileiro, mas não chamem ele mais de Brasileirão”? Isso não existe.


Parece algo pessimista, mas conheço bem a população paraense, principalmente a bolha esportiva, poucos se adaptam a termos novos, principalmente quando se é uma marca consolidada. Que tal usar uma campanha tentando conciliar as duas marcas? "Eu sou o Parazão B1, mas podem também me chamar de Segundinha” ou “O campeonato se renovou, e vamos deixar a Segundinha apenas no apelido que vocês consagraram”, era melhor isso que renegar o apelido.


O que eu disse no título desse artigo, vou repetir: O campeonato e o futebol são manifestações populares, mas ser impopular não é o melhor caminho. Apoio sim, a renovação e a revigoração da segunda divisão, mas o foco tem que ser no mais importante: A manutenção da cultura do futebol paraense para o povo e que há vida além do RExPA. Fora isso, o resto é armazém de secos e molhados, já diria Millôr Fernandes.



*As opiniões aqui emitidas são de total responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem a opinião do Dimensão Esportiva.

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